A Linguagem das Figuras Geométricas de Omraam Mikhael Ivanhov (1900-1986) é um livro verdadeiramente notável. Trata-se, na realidade, de uma série de ensinamentos orais para os seus discípulos, em diferentes momentos, que foram compilados em nesta temática. É pura filosofia e mística dos entes geométricos e desenvolve o seu significado com analogias na natureza, na acção humana e nas suas escolhas morais. É como se…
“A experiência mais bela e profunda que um homem pode ter é a percepção do misterioso. É o princípio subjacente da religião, bem como o de todo o empreendimento sério na arte e na ciência.” – A. Einstein Osso de Lebombo. Wikimedia Commons A matemática surgiu na alta antiguidade. Uma das primeiras provas conhecidas desse facto consiste de um osso de babuíno que apresenta 29…
O estudo das ondas estacionárias e dos harmónicos não é só do domínio da Física. Também penetra no plano da Filosofia e no mundo da natureza do Universo. As ondas estacionárias, com a sua simetria previsível refletem uma ordem subjacente que parece governar o caos aparente do que nos rodeia. De uma certa forma, elas representam a manifestação tangível da harmonia e do equilíbrio do…
Podemos ironizar com este título recordando o mistério que para os antigos matemáticos gregos supôs este universo, e como os pitagóricos valorizaram a sua natureza irracional, ao ponto de, diz-se – o que é absolutamente falso, um infeliz rumor – teriam assassinado o seu descobridor.
Fotografia dos alinhamentos dos menires de Menec em Carnac (França) – Creative Commons Howard Crowhurst, numa conferência intitulada “Carnac, France: A Key to Understanding Ancient Monuments”, revela os mistérios geométricos que descobriu ao analisar as construções mais antigas que conhecemos, geralmente atribuídas ao período Neolítico. Esta conferência é desenvolvida nos seus vários volumes de “La Science des Anciens” e, em geral, demonstra que os locais…
Investigadores da Universidade de Rochester (EUA), descobriram que o número pi (π), também está presente na mecânica quântica através de exercícios realizados para estudar os níveis de energia do hidrogénio. “O valor do estudo não está nas suas implicações ou na sua utilidade prática, mas na sua beleza” comenta David Pérez, investigador do Instituto de Ciências Matemáticas (ICMAT) El número pi conecta por sorpresa la…
Por definição a entropia é uma grandeza termodinâmica que mede a desordem de um sistema e está relacionada com o seu grau de organização ou da previsibilidade da informação que define esse sistema. Quanto maior a desordem do sistema, maior a entropia e vice-versa. Considera-se geralmente a entropia como um processo espontâneo, natural e nem sempre irreversível seja no sentido de aumento da desordem ou…
“Portanto, quando Deus começou a construir o corpo deste mundo, fê-lo a partir do fogo e da terra. Mas é impossível combinar duas coisas sem uma terceira, é preciso que haja entre elas um vínculo que as una. Não há vínculo melhor do que aquele que faz de si mesmo, e das coisas que une, um todo único e harmonioso; tal é a natureza das…
Leia aqui a primeira parte de Uma História Irracional dos Números Irracionais https://www.matematicaparafilosofos.pt/uma-historia-irracional-dos-numeros-irracionais-parte-1/ Pitágoras na Babilónia e no Egipto “Cada antigo culto religioso, ou melhor, filosófico, era constituído por um ensinamento esotérico ou secreto, e um culto exotérico (externo e público). Para além disso, é bem conhecido o facto de os MISTÉRIOS dos antigos abrangerem em todas as nações tanto os MISTÉRIOS “Maiores” (secretos), quanto…
Na série numérico-simbólica que estamos a ver, a sua essência não são os números como tais, mas os passos simbólicos que estes representam. A série que começa em 1 retorna novamente ao início após atingir o 9, ou seja, retorna ao 0, aquele número que não é número, aquele que não é uma coisa e que está presente em toda a equação. É uma…
Vamos falar de Pitágoras e da sua Tetraktys, como uma das referências mais antigas da tradição ocidental relativa o conceito de número. Segundo H. P. Blavatsky, o sagrado “Quatro”, pelo qual juravam os pitagóricos, sendo o seu o juramento mais inviolável, tem um significado muito místico e variado, semelhante ao do Tetragrammaton. O primeiro de todos é a sua Unidade, ou o “Um” sob quatro…
Para os Egípcios os Números são os Deuses, os Arquétipos Puros de Platão, as Ideias divinas, o esqueleto vibrante, articulado, luminoso e puro de tudo o que nasce, vive e morre.
Em toda a natureza, no meio dos seus variados processos, há uma tendência para o belo, uma inteligência sempre presente que opera de maneiras muito subtis, na medida em que estas se revelam para dar origem às harmonias que são possíveis.
“Essas coisas, quando em repouso, deram origem à aritmética e à geometria, e quando em movimento, deram origem à harmonia e à astronomia” – Cleinias de Tarento O grande Pitágoras ensinou que a felicidade poderia ser encontrada no conhecimento da perfeição dos números. Na busca desse conhecimento, os Pitagóricos estudaram quatro ciências – aritmética, geometria, música e astronomia. Estas quatro disciplinas eram referidas com uma…
A fonte em que o poeta colheu as informações astronómicas de que usou tão escrupulosamente foi o Almanach perpetuum de Abraham Zacuto, onde podia ver os tempos de entrada do Sol nos signos, as conjunções e oposições do Sol e da Lua, e onde, por um cá!culo elementar, podia saber, em qualquer época, a posição relativa dos dois astros companheiros
Desde o artigo anterior sobre numerologia simbólica, que nos encontramos numa zona de indefinição.
Imaginai o que acontece quando um impulso que surge desde algo que é desconhecido começa a insinuar-se na vossa mente, tomando primeiro uma forma visual-mental e trazendo para ele elementos cerebrais armazenados anteriormente. Ainda sequer a ideia final se concretizou, mas algo começa a mover-se. Então pegas numa caneta, aproxima-la do papel…
Há números que são desde sempre sacralizados, como a Proporção de Ouro, ou o número que marca a relação entre a circunferência e o diâmetro (PI), outros pelo seu caráter enigmático, como o 137, o inverso da constante de fina estrutura, de grande importância na Física Quântica, e que vamos ver, e outros aos quais se atribui um título divino, como o número 108, que…
5. Autossuficiência: Esta dádiva do Demiurgo tem uma importância moral e teológica, pois a autossuficiência é uma propriedade do que é bom e característico dos seres divinos.
Os Gnósticos primitivos defendiam que a sua Ciência, a Gnose, se baseava num quadrado, onde os ângulos representam respetivamente Sige (Silêncio), Bythos (profundidade), Nous (Alma Espiritual ou Mente), e Aletheia (Verdade).
Para eles todo o Universo, metafísico e material, estava contido dentro, e podia ser expresso e descrito pelos os dígitos do Número 10, a Década Pitagórica.
Publius Vergilius Maro, (70 – 19 a.C.), é o autor da Eneida, poema que narra a fundação de Roma na região do Lácio por Enéias, herói troiano que escapara do desastre da queda da cidade de Tróia, assim ligada hereditariamente ao surgimento do povo italiano. Roma absorveu muito da cultura grega e isso é evidente na influência que a Ilíada e a Odisseia de Homero…
É necessária audácia para se tentar definir a quantidade.
Com todas ressalvas de modéstia, justas e necessárias, a nossa definição é esta: a quantidade é uma ideia em movimento.
Platão constrói um cubo com 729 unidades, ou seja, 9x9x9. Dá a medida da maior infelicidade (ou felicidade mínima, que é o mesmo) à unidade, e felicidade máxima a 729.
O ser humano, como todos os seres, é constituído à imagem e semelhança da Divindade, geralmente composto por dez partes ou sete ou três, conforme a chave de interpretação e representada pelas figuras geométricas correspondentes (círculo, hexágono com um ponto central e triângulo). Tudo participa desses Seres-Ideias-Números, mas, em essência, tudo está dentro do Zero e de sua expressão: o Círculo sem Limite.
“Para o seu novo conhecido e correspondente, mas muito, muito velho amigo, Sr. Ralston Skinner, com sentimentos sempre crescentes de simpatia, admiração, apreço e a mais calorosa amizade.”
– Nota escrita por H. P. Blavatsky, no verso de uma foto enviada para James Ralston Skinner. Londres, maio de 1887.
(Primeira parte) Segundo a tradição pitagórica, foi o primeiro a usar o termo Cosmos para descrever a ordem e harmonia inerentes ao nosso universo, visto como um sistema ordenado, belo e regido por uma série de leis. As suas partes estão unidas num todo coerente, estruturado e harmonioso, dentro do qual cada componente tem o seu lugar e os princípios opostos são ordenados, aplicados e…
A circunferência, o círculo e a esfera têm um gene comum, uma marca transversal, um cunho que advém da sua própria natureza, capaz de ser representado por um número irracional transcendental, que se prolonga numa dízima infinita não periódica. Chamaram-lhe pi porque tem origem na primeira letra da palavra perímetro, em grego περίμετρος (perímetros). A sua transcendência não é só filosófica, mas também matemática, uma…
Para terminar com a série numérica, resta-nos apenas referir que, é claro que não se pretende dar-lhe qualquer significado esotérico ou mágico ou numerológico, e mesmo que o tivesse, é acessório. Pretende-se sim, ensinar. E tal como foi referido no primeiro artigo desta série, a bela e perfeita harmonia que os números refletem, lembra-nos que a Anatomia do Homem é resultado, não de uma evolução…
“– Sem dúvida o movimento haverá de produzir-se no vazio, não Trismegisto? – Um momento, não te precipites, Asclépio. Porque não pode existir nenhum ente vazio; a própria palavra “existência” o demonstra.” Hermes Trismegisto
Shakespeare e Euclides, duas colunas monumentais do Templo da Filosofia Prática e da ciência da alma e da vida! Quão necessárias, ainda, nestes tempos em que a consciência se vê fragmentada por mil e um conhecimentos sem nexo, ou chamados por infinitos estímulos que a dispersam!
Durante o século XIX, arquitetos e arqueólogos tentaram descobrir explicações e chaves para as belas proporções dos monumentos gregos e góticos; descobrir, isto é, se os seus construtores tinham regras e canones explícitos de proporção e desenho, ou se a perfeição desses monumentos se devia apenas a uma mistura de sorte e bom gosto.