Se a princípio do século II, o filósofo Teón de Esmirna escreveu o livro “Matemáticas para entender Platão”, quase dois mil anos depois, desde esta mesma Nova Acrópole em Portugal, sentimos o seu mesmo entusiasmo, aprendemos das suas ideias e lançamos a nossa revista “Matemática para Filósofos” para os enamorados da beleza matemática, para os enamorados da Verdade.
O Timeu é um diálogo entre quatro personagens: Sócrates, Timeu, Crítias e Hermócrates. Certamente, é uma obra muito obscura, tanto pelos conceitos que utiliza, como pela sua linguagem simbólica, que, às vezes, nem se percebe como tal. Somente quando se comparam as ideias de Platão, a sua forma de entender o universo e o homem, se percebe até que ponto utiliza os símbolos.
Apesar das contraposições que os espíritos estreitos quiseram ver entre ambas, a Poesia e a Matemática são irmãs gêmeas, porque tanto uma como a outra idealizam, embelezam e, analogamente, elevam tantas realidades concretas quantas as que integram as nossas existências; esta, abstraindo da realidade objetiva tudo o que se relaciona com o tempo, o espaço, o modo, a quantidade ou a força, de acordo com as famosas categorias kantianas; aquela, operando todos os tipos de generalizações harmónicas sobre qualquer facto real ou possível que ao dar-lhe Inspiração toma pretexto para levantar voo, e levamos, quase sem nos darmos conta, a todos os presentes, passados ou futuros, harmoniosamente conjugados pela lei do Símbolo ou da Analogia.
Há números que são desde sempre sacralizados, como a Proporção de Ouro, ou o número que marca a relação entre a circunferência e o diâmetro (PI), outros pelo seu caráter enigmático, como o 137, o inverso da constante de fina estrutura, de grande importância na Física Quântica, e que vamos ver, e outros aos quais se atribui um título divino, como o número 108, que na Índia é chamado de “Shri 108”.
Os Gnósticos primitivos defendiam que a sua Ciência, a Gnose, se baseava num quadrado, onde os ângulos representam respetivamente Sige (Silêncio), Bythos (profundidade), Nous (Alma Espiritual ou Mente), e Aletheia (Verdade).
Para eles todo o Universo, metafísico e material, estava contido dentro, e podia ser expresso e descrito pelos os dígitos do Número 10, a Década Pitagórica.
Não há símbolo algum antigo que não tenha um significado profundo e filosófico, cuja importância e significado aumente com a sua antiguidade. Tal é o Lótus. É a flor consagrada à Natureza e aos seus Deuses e representa o Universo no abstracto e no concreto, sendo o emblema dos poderes produtivos, tanto da Natureza Espiritual como da Física. – A Doutrina Secreta, Vol. II H. P. Blavatsky, Cap. VIII “O lótus como símbolo universal”.
Texto retirado do livro “O Interesse Humano.”
Do centro à circunferência e da circunferência ao centro é o processo total do cosmos. É uma vasta vibração, uma expansão e uma contracção, com o seu Tattva e Tanmatra (qualidade e medida) dentro da qual se desenvolvem vários e infinitos desenhos, cada um centrando-se ao redor do ponto de uma individualidade.
Nesta viagem aos confins do conhecimento, Marcus du Sautoy investiga o trabalho de pioneiros nas áreas da física quântica, da cosmologia e das neurociências, questionando relatos contraditórios e consultando os mais recentes dados.
É possível virmos a saber tudo, um dia? Ou haverá áreas de investigação que estão para lá das capacidades de compreensão humana?
Se a princípio do século II, o filósofo Teón de Esmirna escreveu o livro “Matemáticas para entender Platão”, quase dois mil anos depois, desde esta mesma Nova Acrópole em Portugal, sentimos o seu mesmo entusiasmo, aprendemos das suas ideias e lançamos a nossa revista “Matemática para Filósofos” para os enamorados da beleza matemática, para os enamorados da Verdade.
Inspirada nos trabalhos realizados no âmbito da Geometria Sagrada por Almada Negreiros e Lima de Freitas, a Nova Acrópole de Portugal criou em 2008 o CÍRCULO DE ESTUDOS DE MATEMÁTICA E GEOMETRIA SAGRADAS “LIMA DE FREITAS” com o objectivo de revitalizar e actualizar a tradição pitagórica e platónica.