Porque, de uma forma geral, devemos pensar numa única Essência, tudo contido e como que abarcadas por uma só Natureza, Nem cada uma separadamente, como nos sentidos – numa parte, o sol e noutra, outra coisa – mas “todas juntas” numa. Esta é, de facto, a natureza da Inteligência, pois é assim que tanto a AIma como a que chamamos «Natureza» imitam a Inteligência,…
Grupo de pitagóricos celebrando o nascer do sol. Domínio público. O objeto da filosofia é purificar a vida humana e encaminhá-la ao seu fim. Purifica-a libertando-a da confusão, da desordem, da matéria e das paixões do corpo mortal e conduzi-lá a seu fim, posto que a faz recobrar, ao assemelhá-la a Deus, a puríssima felicidade de que é suscetível. Nada, por outra parte, tão particularmente…
“Princípios para o desenvolvimento de uma mente completa: estuda a ciência da arte; estuda a arte da ciência; desenvolve os sentidos, especialmente aprender a ver; percebe que tudo se relaciona com tudo o resto.” Leonardo da Vinci As geometrias egípcias Contam as tradições egípcias que o mundo surge das Águas Primordiais, da divindade chamada Nun. No início era o “caos” como lhe chamou o poeta…
Atendendo ao que a tratar neste artigo é considerado, pela maioria, como pertencente ao campo mitológico, convém, antes demais, definir o que se entende por mitologia.
Segundo José Ferrater Mora “habitualmente chama-se mito a todo o relato sobre algo fabuloso que se supõe ter acontecido num passado remoto (ou impreciso)”. Embora a sua definição continue, numa análise exaustiva pelas diversas tendências e crenças sobre o…
Conjunto de números reais (R), que incluem os racionais (Q), que incluem os inteiros (Z), que incluem os números naturais (N). Os números reais também incluem os irracionais (R \ Q). Domínio Público “Não fales sem luz sobre os pitagóricos.” – Jâmblico1“Jovens, venerai em silêncio o que direi…” – Diógenes Laércio2 Existe uma antiga lenda, muito conhecida pelos interessados na História da Matemática, que conta…
Na sua monumental “História Universal dos Algarismos”, Geoerges Ifrah dedica umas páginas aos hieróglifos especiais com que os egípcios designavam os números. Especiais porque não são os que se usavam sempre, como potências de 10, e que já vimos num artigo anterior nesta revista. Estes hieróglifos usados como números de forma não usual foram encontrados, diz, sobretudo ao estudar os templos de Hórus de Edfu…
“É uma linha espiral,
Não um círculo, a harmonia”
Todas as Espanhas inclinam as suas fasces (N.T.1) perante Emérita (1). Uma das mais belas criações de Roma, tão bela no plano material como foi a sua oratória nos domínios do imaterial, é a arte do mosaico. As composições em pedra, primeiro brancas e negras e, posteriormente, em todo o espectro do arco-íris, em vidros e gemas preciosas, desenham pinturas perenes, insensíveis à acção do…
Por definição a entropia é uma grandeza termodinâmica que mede a desordem de um sistema e está relacionada com o seu grau de organização ou da previsibilidade da informação que define esse sistema. Quanto maior a desordem do sistema, maior a entropia e vice-versa. Considera-se geralmente a entropia como um processo espontâneo, natural e nem sempre irreversível seja no sentido de aumento da desordem ou…
Quantas vezes a geometria surpreende-nos com os seus elementos, as suas imagens e operações. já se disse que a geometria é quem melhor expressa os mistérios da vida, com os seus símbolos tão puros, tão despojados da carne e sangue de uma emotividade que trai a perfeição com que se abre a essência do real.
“Essas coisas, quando em repouso, deram origem à aritmética e à geometria, e quando em movimento, deram origem à harmonia e à astronomia” – Cleinias de Tarento O grande Pitágoras ensinou que a felicidade poderia ser encontrada no conhecimento da perfeição dos números. Na busca desse conhecimento, os Pitagóricos estudaram quatro ciências – aritmética, geometria, música e astronomia. Estas quatro disciplinas eram referidas com uma…
Mas Platão também fala no “verdadeiro Número” que está na Essência afirmado assim, contrariamente, uma auto-subsistência do Número que não está na mente numeradora e é realidade em si, uma noção despertada na mente por efeito da mutabilidade do mundo dos sentidos.
Fragmentos do artigo Os Mistérios da Hebdómada. Doutrina Secreta Seção XI, Tomo IV, H.P. Blavatsky.
Imaginemos uma esfera lisa e perfeita colocada próxima de um plano geométrico. Num pedaço de papel, isto seria representado por um círculo tocando uma tangente, que certamente seria uma secção bidimensional da figura tridimensional. A esfera e o plano são um símbolo apropriado da justaposição dessa natureza do homem, que devemos descrever como espiritual (embora na maioria dos homens dificilmente esteja manifestada) e o mundo…
Dedicaremos vários artigos a este opúsculo de Plotino sobre os Números, tal é a sua densidade, e este primeiro sobre a sua noção de infinito ou ilimitado, que é realmente surpreendente.
O Três exprime o simbolismo dos três aspectos Logos, que são o motor e a raiz do mundo fenomenal. Para os antigos, qualquer definição da Derradeira Realidade, do Grande Mistério estava para além da percepção humana. Agora, o que certamente se podia constatar eram os seus efeitos visíveis no Universo Manifestado.
Quando os gregos observaram as pirâmides do Egipto, deram-lhes o nome de Fogo “Pir”, porque o fogo adopta, de forma natural, essa forma ascendente e piramidal. O símbolo do fogo, que sempre é vertical, representa o espírito que pode incendiar tudo ao seu redor, ou seja, levar a sua ideia a outros lugares. É símbolo, pois, da Ideia Espiritual que ilumina e se transmite.
Texto retirado do livro “O Interesse Humano.”
Do centro à circunferência e da circunferência ao centro é o processo total do cosmos. É uma vasta vibração, uma expansão e uma contracção, com o seu Tattva e Tanmatra (qualidade e medida) dentro da qual se desenvolvem vários e infinitos desenhos, cada um centrando-se ao redor do ponto de uma individualidade.
Na antiguidade o estudo das leis mais sensíveis da Natureza desenvolvia-se no interior de escolas conhecidas por Escolas de Mistérios, reservadas aos poucos homens que possuíam a condição moral suficiente para lidar com as mesmas.
Vivemos rodeados de tecnologia. Estamos sempre acompanhados por algum dispositivo tecnológico, alguns aparentemente simples, como um “relógio inteligente” ou uma “smart TV” e outros mais sofisticados como um “smartphone”. Também dispomos de “assistentes virtuais inteligentes” que interagem connosco, recebendo ordens, “conversando” e até dando conselhos. Pouco a pouco, nas nossas casas, há cada vez mais dispositivos ligados uns aos outros ou a uma “central inteligente”.
O Lilavati é um manual de matemática escrito por Bhaskara (1114-1185) com tal impacto na cultura da Índia que até o início do século XX era o texto de matemática ensinado aos jovens, e só gradualmente foi substituído pelos tratados de matemática ocidentais, especialmente da linha inglesa.
Vemos o Marquês de Pombal ao centro com os seus dois irmãos e abraçados de maneira estranha, enquanto um númen celestial, sobre uma nuvem, porta uma tocha e os fasces do bom governo. Uma legenda, num papel meio desenrolado, dá o tema e o título ao quadro: CONCÓRDIA FRACTUM, concórdia entre irmãos.
No artigo “O Problema 79 do Papiro de Rhind”, desta mesma revista, destacamos um aparente erro que o escriba cometera na soma de uma progressão geométrica de base 7. Anotou 2301 em vez de 2401 que era o total da soma. E, no entanto, ao fazer a soma fá-la bem, como se não tivesse cometido tal erro. O genial Schwaller de Lubicz na sua obra…
Há números que são desde sempre sacralizados, como a Proporção de Ouro, ou o número que marca a relação entre a circunferência e o diâmetro (PI), outros pelo seu caráter enigmático, como o 137, o inverso da constante de fina estrutura, de grande importância na Física Quântica, e que vamos ver, e outros aos quais se atribui um título divino, como o número 108, que…
Shakespeare e Euclides, duas colunas monumentais do Templo da Filosofia Prática e da ciência da alma e da vida! Quão necessárias, ainda, nestes tempos em que a consciência se vê fragmentada por mil e um conhecimentos sem nexo, ou chamados por infinitos estímulos que a dispersam!
Quando observamos a vida, deparamo-nos com a existência de duas realidades, dois
mundos ou dois hemisférios. As antigas civilizações referiam-se sempre a uma grande jornada
cuja passagem se realizava em torno destes dois mundos dando a ideia da existência como um
movimento circular. A vida e a morte, o diurno e o noturno, a luz e as trevas, visível e invisível,
são as ideias chaves desta dualidade vestida de…
“Começarei por dizer que, para todos é evidente que o fogo, a terra, o ar e a água são corpos. Tudo o que tem a essência do corpo também tem profundidade. Tudo que tem profundidade contém em si a natureza da superfície. Uma base cuja superfície é perfeitamente plana, é composta por triângulos. Todos os triângulos têm a sua origem em dois triângulos tendo cada…
Concluo este trabalho com a sensação de que apenas rocei, em tão pouco tempo e tão poucas páginas, o pequeno mistério da obra de Leibniz e do grande impacto dos seus conceitos no nosso mundo. Esta percepção é real, pois sabemos que, com mais tempo dedicado à investigação e mais reflexão, os fios invisíveis que aqui se vislumbram poderiam abrir-se infinitamente, como acontece com qualquer…
Tales de Mileto (624 a.C. – 546 a.C.), considerado um dos Sete Sábios Gregos, e para além de ter pronunciado pela primeira vez a máxima “Conhece-te a ti mesmo” – que figuraria no Templo do deus Apolo em Delfos – também é um dos fundadores e pais da Geometria grega e, portanto, Ocidental.
A Fita de Möbius é hoje considerada um objeto matemático de grande interesse pelas implicações surpreendentes que tem nos vários domínios do conhecimento, sendo certo que algumas ainda são desconhecidas. Deve o seu nome a August Ferdinand Möbius, que a estudou em 1858 (influenciado por F. Gauss, considerado um dos maiores matemáticos de sempre), dando origem a um novo campo da matemática – a Topologia….