“Portanto, quando Deus começou a construir o corpo deste mundo, fê-lo a partir do fogo e da terra. Mas é impossível combinar duas coisas sem uma terceira, é preciso que haja entre elas um vínculo que as una. Não há vínculo melhor do que aquele que faz de si mesmo, e das coisas que une, um todo único e harmonioso; tal é a natureza das proporções”. (Platão – Timeu, 31b4 – c5)
Schelling disse uma vez que: “Compreender a natureza significa criar a natureza.” Portanto, a “ciência genuína” exige ainda mais do que perceber a forma como as inteligências cósmicas e criativas têm funcionado. Gostaria de colocar a geometria projetiva ao serviço desta ciência genuína de forma a que possa proporcionar um meio útil para uma melhor compreensão do corpo físico-etéreo e do espaço, respectivamente.
“Começarei por dizer que, para todos é evidente que o fogo, a terra, o ar e a água são corpos. Tudo o que tem a essência do corpo também tem profundidade. Tudo que tem profundidade contém em si a natureza da superfície. Uma base cuja superfície é perfeitamente plana, é composta por triângulos. Todos os triângulos têm a sua origem em dois triângulos tendo cada um, um ângulo reto e os outros dois agudos ” – Platão
Desde o início da matemática, um dos desafios foi encontrar a equivalência entre a área do círculo e a de um quadrado, ou a de um retângulo, ou seja, encontrar a quadratura do círculo.
Seshat, a divindade egípcia feminina da escrita, está intimamente ligada aos registos e contagem e por isso nos parece interessante abordá-la dentro dos parâmetros desta revista que busca fazer pontes entre várias áreas do saber.
Embora nas antigas civilizações da Índia, China, Egito e Mesopotâmia os princípios matemáticos do som já fossem estudados, foram os Pitagóricos que tornaram conhecidas ao mundo ocidental as escalas musicais em termos de proporcionalidades numéricas.
“[…] existem momentos em que podemos conceber além disso, isso é algo que o seu cérebro físico pode conceber. Certamente que não o pode conceber se você apenas se apoiar na matéria do Universo manifestado, mas existem momentos em que você pode conceber muito mais; nos seus sonhos você pode conceber as coisas que você não conseguia no estado de vigília.”
[…] Nós sabemos que “Deus geometriza”, mas vendo que não existe um Deus pessoal, explicar-mo-á porque o processo de criação tenha que ser por pontos, linhas, triângulos, cubos, e porque um cubo deverá então expandir-se numa esfera? Finalmente, porque, quando uma esfera abandona o estado estático, a força inerente de Alento coloca-a a rodopiar.