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Perante o desespero que, de há muito, se apoderou de mim, de poder descobrir e conhecer a verdade, no tocante às coisas humanas, ilustrissimo senhor, o que me tem acarretado inúmeros trabalhos, tomei muitas vezes a resolução de não me importar mais, nem de combater tantos erros que povoam a terra e que me fazem andar a braços com tantos desgostos, dos quais outro fruto não colhi, que levar uma vida miserável. E sendo a verdade uma só, recta como uma linha, e inúmeros os erros, como uma obliqua, a maior parte dos homens deixa-se levar do erro, nem pode ser de outra maneira. Não acabo, contudo, de me resignar a esquecer o meu propósito, e milhares de vezes saio da minha trincheira, a ver se consigo descobrir, algures escondida, a verdade. Esforço vão! Que fazer? Deus deu ao homem este triste emprego, como diz o sábio, para que nele se ocupasse!

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Para os Egípcios os Números são os Deuses, os Arquétipos Puros de Platão, as Ideias divinas, o esqueleto vibrante, articulado, luminoso e puro de tudo o que nasce, vive e morre.

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Concluo este trabalho com a sensação de que apenas rocei, em tão pouco tempo e tão poucas páginas, o pequeno mistério da obra de Leibniz e do grande impacto dos seus conceitos no nosso mundo. Esta percepção é real, pois sabemos que, com mais tempo dedicado à investigação e mais reflexão, os fios invisíveis que aqui se vislumbram poderiam abrir-se infinitamente, como acontece com qualquer ponto da Vida que investiguemos.

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O número 7, ou heptágono entre as figuras geométricas planas, foi considerado pelos pitagóricos como um número perfeito e de natureza religiosa.
Em que sentido era “perfeito”? O que distingue esse número dos demais?

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“É uma linha espiral,
Não um círculo, a harmonia”

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Matheon2

O número π é o mais conhecido da História, sendo também o mais estudado. Trata-se de uma dízima infinita cujo desenvolvimento decimal inicia assim:
3,14159265358979323846264338327950288419716939937510…

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Uma das grandes verdades da natureza manifestada é a desigualdade, dentro de uma unidade fundamental. Como numa árvore, as folhas, os frutos, as flores, o tronco ou as raízes são diferentes, e graças a isso é uma árvore. As águas que dão vida cantam entre o cume e os vales, ou são purificadas no movimento vertical ascendente da evaporação, prontas para um novo ciclo. A eletricidade circula entre os polos positivo e negativo, e os ventos circulam entre baixas e altas pressões. O magnetismo do amor torna-se eletricidade sexual entre o masculino e o feminino. Na justiça, o forte protege e protege, o fraco recebe e é protegido. Os elementos metálicos cedem os seus electrões, aqueles que não o são, como o Flúor, absorvem-nos vigorosamente.

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O Lilavati é um manual de matemática escrito por Bhaskara (1114-1185) com tal impacto na cultura da Índia que até o início do século XX era o texto de matemática ensinado aos jovens, e só gradualmente foi substituído pelos tratados de matemática ocidentais, especialmente da linha inglesa.

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A civilização do Antigo Egito, desde os finais do IV milénio até 332 a.C., revelava possuir importantes conhecimentos matemáticos. Eram os escribas que detinham esse saber, pois eram responsáveis por várias tarefas, como a gestão dos impostos, dos salários e das colheitas, ou ainda a determinação da superfície de terrenos, por exemplo, o que implicava, entre outros saberes, a conversão de unidades de medida de um sistema para outro.

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A circunferência, o círculo e a esfera têm um gene comum, uma marca transversal, um cunho que advém da sua própria natureza, capaz de ser representado por um número irracional transcendental, que se prolonga numa dízima infinita não periódica. Chamaram-lhe pi porque tem origem na primeira letra da palavra perímetro, em grego περίμετρος (perímetros). A sua transcendência não é só filosófica, mas também matemática, uma vez que a sua representação não pode ser feita por meio de uma fração e também não é alguma raiz de uma equação polinomial com coeficientes inteiros, e por isso também é designado por número transcendente.

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