Até onde sabemos, nenhum ser humano, animal treinado ou fenómeno natural, moderno ou antigo, toma fórmulas matemáticas e equações como input e produz movimentos operados por um torno como saída.
Com todo o conhecimento e insights que acumulámos ao longo dos tempos, conhecemos exatamente uma e apenas uma categoria de coisas capazes de tal comportamento: o tipo de coisa a que nos referimos como uma máquina de Turing. Um dispositivo capaz de aceitar inputs, manter estados, realizar operações nos referidos estados, de acordo com princípios pré-determinados, e produzir outputs.
Uma das cenas mais admiráveis da história ocidental é a pintura Melancolia, de Albrecht Dürer. Gravado com buril sobre metal, com um tamanho de 24 por 18,8 cms ilustra um emblema, que, segundo o seu título é sobre melancolia, um humor regido por Saturno.
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José Carlos Fernandez - Escritor e Director da Nova Acrópole Portugal
Vemos o Marquês de Pombal ao centro com os seus dois irmãos e abraçados de maneira estranha, enquanto um númen celestial, sobre uma nuvem, porta uma tocha e os fasces do bom governo. Uma legenda, num papel meio desenrolado, dá o tema e o título ao quadro: CONCÓRDIA FRACTUM, concórdia entre irmãos.
Durante o século XIX, arquitetos e arqueólogos tentaram descobrir explicações e chaves para as belas proporções dos monumentos gregos e góticos; descobrir, isto é, se os seus construtores tinham regras e canones explícitos de proporção e desenho, ou se a perfeição desses monumentos se devia apenas a uma mistura de sorte e bom gosto.
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José Carlos Fernández - Escritor e director da Nova Acrópole Portugal