Quatro são também as direções do Espaço em que a manifestação se instala e nas quais nos movemos, e 4 são as Dimensões em que habitamos, e em 4 o espiritual toma seu assento, caso contrário não poderia manifestar-se. Assim nasce um dos símbolos mais antigos que conhecemos da cultura egípcia: a Pirâmide, ou seja, o Três ou o Espírito no Quatro do Mundo.
Desde o artigo anterior sobre numerologia simbólica, que nos encontramos numa zona de indefinição.
Imaginai o que acontece quando um impulso que surge desde algo que é desconhecido começa a insinuar-se na vossa mente, tomando primeiro uma forma visual-mental e trazendo para ele elementos cerebrais armazenados anteriormente. Ainda sequer a ideia final se concretizou, mas algo começa a mover-se. Então pegas numa caneta, aproxima-la do papel e começas a… escrever este artigo.
Justifica-se o completo abandono da Numerologia por parte da Ciência pelo facto de não representar qualquer realidade verificável e é relegada, portanto, para a categoria das pseudo-ciências. Os matemáticos deixaram de fazer há muito tempo este tipo de cálculos.
Do meu ponto de vista, têm razão porque se existe uma Numerologia realmente esotérica não está ao alcance do comum dos mortais, portanto especular com ela não tem muito sentido. Por outro lado, se se trata de uma brincadeira com números em busca de finalidades como a previsão do futuro, o cumprimento de certas profecias, etc., etc., além de ser uma falsidade, cairemos então nas mais ridículas teorias e absurdas patranhas.
O grande rio da criação, decomposto num infinito número de gotas, e cada uma delas com o seu peso, sua densidade, sua cor, está diante da nossa consciência sem que, apesar dos esforços heróicos que fazemos, consigamos devolvê-lo à sua unidade essencial. Na nossa mente este rio transborda, torna-se fugidio e inapreensível.
Apesar das contraposições que os espíritos estreitos quiseram ver entre ambas, a Poesia e a Matemática são irmãs gêmeas, porque tanto uma como a outra idealizam, embelezam e, analogamente, elevam tantas realidades concretas quantas as que integram as nossas existências; esta, abstraindo da realidade objetiva tudo o que se relaciona com o tempo, o espaço, o modo, a quantidade ou a força, de acordo com as famosas categorias kantianas; aquela, operando todos os tipos de generalizações harmónicas sobre qualquer facto real ou possível que ao dar-lhe Inspiração toma pretexto para levantar voo, e levamos, quase sem nos darmos conta, a todos os presentes, passados ou futuros, harmoniosamente conjugados pela lei do Símbolo ou da Analogia.