– Como posso servir melhor? O que devo fazer?
– Observar as regras; os passos daqueles que te precederam demarcam os caminhos mais curtos; as linhas dividiram o Universo em figuras e aparências, mas o ponto une-nos a todos e a ele conduzem todos os caminhos… Não esqueça as Regras de Ouro; eles são os degraus perfeitos. Aquele que conhece, e ao conhecer acredita no que ele realmente conhece, é o amo de tudo …
Do livro “Ankor, o discípulo” de Jorge Ángel Livraga (1930-1991)
A ciência moderna reconhece que todas as leis superiores da Natureza assumem a forma quantitativa. É, talvez, uma elaboração mais completa, uma afirmação mais definida da doutrina pitagórica.
Consideravam-se os números, como a representação mais perfeita, das leis da harmonia, que penetra o cosmos, completamente. Sabemos, igualmente, que na química, a doutrina dos átomos e as leis das combinações são, na realidade e, por assim dizer, arbitrariamente definidas por números. “O mundo, em todas as suas divisões, é uma aritmética viva, nos seus desenvolvimentos e uma verdadeira geometria, em repouso.”
De H.P. Blavatsky (1831-1891), em Isis sem Veu I
Algo parecido acontece agora connosco, porque queríamos penetrar no dito terreno simbólico-matemático, ou seja, pitagórico, sem abusar da benevolência dos leitores e falando sobre o valor que com as considerações teosóficas ou analógicas, poderiam assumir todas, absolutamente todas as fórmulas e expressões que são comuns nos tratados de Geometria Analítica e Cálculo Infinitesimal, começando por aquela divina equação geral e simbólica desses tratados que vemos encabeçando as curvas chamadas cónicas, e cuja expressão é:
Ax2+2Bxy +Cy2+2Dx +2Dy+F =0
Porque nela estão encerrados, como sabem aqueles que disto entendem, os sistemas de duas rectas imaginárias, reais ou confundidas, e as quatro curvas fundamentais do círculo, elipse, parábola e hipérbole, ou seja, tudo isso relacionado com o hieróglifo IO (A recta no círculo), com a esfera, o ovo do mundo, a parábola de todas as quedas, a hipérbole de todas as eclosões, etc., etc.
O mesmo acontece com os chamados conjugados harmónicos de quatro pontos A, B, C e D, determinados pela conhecida fórmula
CA:CB / DA: DB = 1Do livro Simbologia Arcaica, Capítulo XII, de Mario Roso de Luna (1872-1931)
Sobre a qual Platão fundou, como dizem as palavras do sábio tratado sobre Geometria de Rouché e Comberouse, todos o seu sistema de tons musicais, e Plutarco talvez a sua sublime teoria da composição trina do Homem, depois comentada por São Paulo nas suas Epístolas, epístolas que Aqueles que se dizem cristãos jamais entenderam.
Porque a vida é essencialmente unidade, não um composto, e ainda assim nos elementos e forças da sua expressão uma multiplicidade em forma de harmonia, que se exterioriza em tanta beleza nas suas manifestações. O sentido do belo não pode surgir do raciocínio ou de qualquer outro processo puramente mental. É mais inclusivo e básico do que qualquer processo desta natureza. A natureza da unidade que existe na vida procura expandir-se em harmonia tanto no cosmos como em todo e em qualquer ser individual. Em toda a natureza, no meio dos seus variados processos, há uma tendência para o belo, uma inteligência sempre presente que opera de maneiras muito subtis, na medida em que estas se revelam para dar origem às harmonias que são possíveis.
Livro “Em busca da sabedoria”, de Nilakantha Sri Ram (1889-1973), no capítulo X “O canto da vida”
Boa noite!!!
Maravilhosa ideia…..
Obs: (Observa a data de vida e morte de HPB)